A Igreja Católica perde fiéis ou infiéis?
Atualmente tem sido comum alguém afirmar, com naturalidade e
segurança: “Creio, mas não pratico!”. Essa ideia de que se pode acreditar SEM
colocar em prática aquilo que se acredita é tão comum, que já se tornou uma
mentalidade em muitos ambientes.
Afinal, é possível crer sem praticar? A modalidade
“não-praticante” provavelmente foi criada com o sentido de tornar confortável
algo que deveria exigir muito de nós. Hoje não poucos gostariam de ver a Igreja
Católica menos insistente em seus dogmas e menos exigente em suas leis morais.
O ser define-se pelo agir. O termo “Católico não-praticante”
é tão INCOERENTE quanto “Vegetariano não-praticante”, “Atleta não-praticante”,
e até mesmo “Celibatário não-praticante.
Se não pratica a religião, é porque não faz parte dela!
Foi relatado que nove dos onze Ministros do STF se dizem
Católicos. Porém, percebeu-se o grau de “catolicismo” deles quando votaram, por
exemplo, a favor das pesquisas com células-tronco embrionárias.
Para Igreja Católica, o importante é o cumprimento de sua
missão recebida de Nosso Senhor Jesus Cristo, independente dos aplausos ou das
críticas que receber. Não é a vontade da maioria ou mesmo de alguns de seus
fiéis que vai determinar o conteúdo de seus ensinamentos, mas a Sagrada
Escritura e a Tradição. “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará” (Jo
8, 32).
Quem mudou foi o povo, cujos critérios de aprovação ou
rejeição estão sujeitos, muitas vezes, a ação de demagogos ou falsos profetas.
“Virá tempo em que muitos não suportarão a sã doutrina, mas
multiplicarão para si mestres conforme os seus desejos, (levados) pelo prurido
de ouvir. E afastarão os ouvidos da verdade, e os aplicarão às fábulas” (2Tm 4,
3-4).
Antes de simplesmente ignorar, julgar, ou pior, desprezar as
leis morais e a Doutrina católicas, é mais prudente procurar conhecer como os
santos e doutores da Igreja as ensinaram, penetrar seu significado e ver como
praticá-las autenticamente, sem se aderir às tentativas de falsos ecumenismos ou
adaptações aos costumes mundanos.
A verdade é que a Igreja Católica não perde autênticos
fiéis, mas sim membros frouxos ou apenas interesseiros. Quem é fiel autêntico
permanece na tradição! Os mornos, Deus vomita-os, como diz o Apocalipse.
Fazer parte da religião católica é trabalhar para
santificação pessoal e lutar pela restauração da civilização cristã. Significa
cumprir as promessas do Batismo: crer em Nosso Senhor Jesus Cristo e professar
a sua doutrina, interpretada e transmitida pela Santa Igreja; renunciar ao
demônio, às suas pompas e às suas obras.
Fazem parte das pompas e obras do demônio, por exemplo, a
imoralidade, a adoção de modas imorais, o concubinato etc. As pessoas que
cometem esses tipos de pecado adotam as obras do demônio e tornam-se filhas
dele!
Agora, é impossível amar e ser fiel àquilo que não se
conhece. Por isso é indispensável – sobretudo numa época em que se procura
lançar confusão até no lugar sagrado – procurar inteirar-se da autêntica
doutrina católica e das práticas sãs de suas cerimônias, para não deixar se
envolver em inovações absurdas.
Mas, jamais abandonar o redil verdadeiro. E isto só se
consegue mediante uma sincera devoção à Santíssima Virgem, aquela legitimamente
chamada Virgo Prudentíssima e Virgo Fidelis (Virgem prudentíssima e Virgem
Fiel)
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