segunda-feira, 30 de abril de 2012
sábado, 14 de abril de 2012
Nota da CNBB sobre o aborto de Feto “Anencefálico”
A
Conferência Nacional dos bispos do Brasil, logo após a conclusão do julgamento
do Supremo Tribunal Federal sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental nº 54, emitiu nota oficial lamentando a decisão. No texto, os
bispos afirmam que "Legalizar o aborto de fetos com anencefalia,
erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano
frágil e indefeso".
Leia a
integra da Nota:
Nota da CNBB
sobre o aborto de Feto “Anencefálico”
Referente ao
julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental nº 54
A
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB lamenta profundamente a
decisão do Supremo Tribunal Federal que descriminalizou o aborto de feto com
anencefalia ao julgar favorável a Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental n. 54. Com esta decisão, a Suprema Corte parece não ter levado em
conta a prerrogativa do Congresso Nacional cuja responsabilidade última é
legislar.
Os
princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa
humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação (cf.
art. 5°, caput; 1°, III e 3°, IV, Constituição Federal), referem-se tanto à
mulher quanto aos fetos anencefálicos. Quando a vida não é respeitada, todos os
outros direitos são menosprezados, e rompem-se as relações mais profundas.
Legalizar o
aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos
cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso. A ética que proíbe a
eliminação de um ser humano inocente, não aceita exceções. Os fetos
anencefálicos, como todos os seres inocentes e frágeis, não podem ser
descartados e nem ter seus direitos fundamentais vilipendiados!
A gestação
de uma criança com anencefalia é um drama para a família, especialmente para a
mãe. Considerar que o aborto é a melhor opção para a mulher, além de negar o
direito inviolável do nascituro, ignora as consequências psicológicas negativas
para a mãe. Estado e a sociedade devem oferecer à gestante amparo e proteção
Ao defender
o direito à vida dos anencefálicos, a Igreja se fundamenta numa visão
antropológica do ser humano, baseando-se em argumentos teológicos éticos,
científicos e jurídicos. Exclui-se, portanto, qualquer argumentação que afirme
tratar-se de ingerência da religião no Estado laico. A participação efetiva na
defesa e na promoção da dignidade e liberdade humanas deve ser legitimamente
assegurada também à Igreja.
A Páscoa de
Jesus que comemora a vitória da vida sobre a morte, nos inspira a reafirmar com
convicção que a vida humana é sagrada e sua dignidade inviolável.
Nossa
Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, nos ajude em nossa missão de fazer
ecoar a Palavra de Deus: “Escolhe, pois, a vida” (Dt30,19).
Cardeal
Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de
Aparecida
Presidente
da CNBB
Leonardo
Ulrich Steiner
Bispo
Auxiliar de Brasília
Secretário
Geral da CNBB
Fonte: CNBB
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Jesus Cristo ressuscitou! Está vivo!
Jesus Cristo
ressuscitou! Está vivo!
“Por que procurais entre os mortos aquele que está vivo? Não
está aqui, ressuscitou!” (Lc 24, 5b-6). Três dias após a morte de Jesus,
algumas mulheres foram ao seu túmulo, ouviram este anúncio e se tornaram
mensageiras dessa boa notícia.
Também hoje a Igreja testemunha e anuncia, como fez através
dos séculos: Jesus Cristo, morto na cruz, ressuscitou, está vivo e presente no
meio de nós! Por infinita condescendência para conosco, Deus tornou-se próximo
de nós e manifestou-nos amor sem medida, iluminou e deu sentido novo à vida
através da ressurreição de Jesus.
A Páscoa, passagem das trevas para a luz, da morte para a
vida, empenha-nos decididamente na superação dos sinais de morte ainda
presentes na cultura e na convivência humana. O anúncio pascal traz a certeza
de que a injustiça e o egoísmo, a violência e o ódio não terão a última palavra
sobre a existência.
A Páscoa faz-nos abraçar a defesa da vida humana, em todas
as suas fases, e da natureza, ambiente da vida, dom do Criador. O cuidado da
Terra, nossa casa comum, e o zelo pela sua capacidade de acolher e abrigar a
vida são cada vez mais urgentes e requerem o esforço solidário de todos; essas
atitudes decorrem do respeito a Deus criador e amigo da vida.
Não é belo, não é coerente com nossa fé, não é justo com o
próximo promover a violência, a cultura da morte, o desprezo à obra de Deus e à
vida de nossos semelhantes. A ressurreição de Jesus Cristo revela que Deus está
do lado da vida; por isso, somos convocados a estar desse lado também.
Ressuscitou! Não está mais entre os mortos! O amor de Deus,
manifestado a nós na ressurreição de seu Filho Jesus Cristo, alimenta a alegria
e a esperança; ao mesmo tempo, faz-nos participar da edificação da sociedade,
segundo os critérios da verdade, da justiça e da solidariedade. A Páscoa de
Jesus é sinal da vitória possível sobre a morte e todos os males.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, ao formular
votos de feliz e abençoada Páscoa, convida todos a abraçarem, de maneira
decidida, a causa da vida.
Jesus Cristo, que passou da morte para a vida, fortifique
nossa esperança. O Deus da vida abençoe a todos.
Mensagem de Páscoa da CNBB
domingo, 1 de abril de 2012
MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI - XXVII Dia Mundial da Juventude 2012
"Regozijai-vos sempre no Senhor!" (Fl 4,4)
Queridos jovens:
Estou feliz por dirigir a vocês mais uma vez, por ocasião do
27ª Dia Mundial da Juventude. A memória do nosso encontro em Madrid, permanece
perto de meu coração. “Dou graças a Deus por todos os frutos que surgiram desse
evento, frutos, que certamente está sendo multiplicado para os jovens e suas
comunidades”. Agora nós estamos olhando para frente, a nossa próxima reunião no
Rio de Janeiro em 2013, cujo tema será: ”Ide e fazei discípulos de todas as
nações!" (cf. Mt 28:19).
O tema deste ano do Dia Mundial da Juventude nos dá a
exortação da Carta do Apóstolo Paulo aos Filipenses: "Alegrai-vos sempre
no Senhor!" (4,4). A Alegria é um elemento central da experiência cristã.
Podemos ver a força de atração que ela tem: em um mundo muitas vezes marcado por
tristeza e ansiedade, a alegria é um testemunho importante para a beleza e
confiabilidade da fé cristã. A vocação da Igreja é trazer alegria para o mundo,
uma alegria verdadeira e duradoura. No atual contexto, muitos jovens ao seu
redor têm uma enorme necessidade de sentir que a mensagem cristã é de alegria e
esperança.
Se olharmos com cuidado, há muitas razões para a alegria: os
belos momentos da vida em família, a amizade partilhada, a oportunidade de
expressar e se sentir compreendido, o sentimento de ser útil aos outros. Mas a
cada dia há tantas dificuldades que estão em nossos corações, temos tantas
preocupações sobre o futuro, podemos nos perguntar se a alegria plena e
duradoura, a que aspiramos é talvez uma ilusão e uma fuga da realidade. A busca
da alegria pode seguir vários caminhos, e algumas delas acabam por ser
enganadoras, se não perigosas. Como podemos distinguir as coisas que dão
alegria verdadeira e duradoura dos prazeres imediatos e ilusório?
O amor infinito de Deus por cada um de nós se manifesta plenamente
em Jesus Cristo. Nele está a alegria que buscamos. A liturgia em particular, é
o lugar por excelência onde a alegria é evidente que a Igreja recebe do Senhor
e transmite para o mundo. Este é um momento muito importante para todos os
discípulos do Senhor, porque seu sacrifício de amor se faz presente. Domingo é
o dia quando encontramos o Cristo ressuscitado, escutar a sua palavra, e são
alimentados por seu corpo e sangue.
Queridos jovens não tenham medo, se Cristo está chamando
você para a vida religiosa, monástica ou missionária ou para o sacerdócio.
Tenha certeza de que ele enche de alegria todos aqueles que responderem ao seu
convite a deixar tudo para estar com ele e dedicar-se com coração indiviso ao
serviço dos outros. Da mesma forma, Deus dá grande alegria aos homens e
mulheres que se entregam totalmente um ao outro no casamento, a fim de
construir uma família e serem sinais do amor de Cristo para a Igreja.
Nossa cultura atual, muitas vezes sob pressões nos faz
buscar objetivos imediatos, conquistas e prazeres. Ela estimula a inconstância
mais de trabalho, perseverança e fidelidade dura para compromissos. As
mensagens que ela envia empurrar uma mentalidade consumista e promessa de
felicidade falsa. A qual tem empurrado nossos jovens a um grande abismo, é só
pegarmos os nossos jornais e veremos sangues, se ligarmos nossa TV vemos
sangue, se escutarmos nossa radio ouvimos sangue, é preciso lutar contra toda
essa forma de destruição e genocídio da vida de nossos jovens, que encontramos
muitas vexes o seu corpo tombado no chão. Com as balas que anunciam ser
perdidas, mais que são encontradas no corpo dos nossos jovens negros e de
periferia. Gerando assim um grande numero de violência em torno da vida da
nossa juventude.
Caros amigos, em conclusão, eu gostaria de encorajá-lo a ser
missionários da alegria. Você não pode ser feliz se os outros não são.
Portanto, devemos compartilhar a alegria. Vá e diga a outros jovens sobre sua
alegria em encontrar o precioso tesouro que é o próprio Jesus. Não podemos guardar
para nós a alegria da fé, para que possa permanecer em nós, temos que passar.
Que a querida mãe e padroeira do Brasil, N. Sra. Aparecida
vos acompanhe neste caminho. Ela que na festa de Caná percebeu que a falta do
vinho poderia trazer aquele espaço de alegria o sentimento de tristeza, que ela
mesmo não nos permita faltar o Vinho da Alegria e do Amor para com o nosso
próximo.
Vaticano, 15 mar 2012
BENEDICTUS PP. XVI
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