sábado, 22 de setembro de 2012
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
terça-feira, 11 de setembro de 2012
A Igreja Católica perde fiéis ou infiéis?
Atualmente tem sido comum alguém afirmar, com naturalidade e
segurança: “Creio, mas não pratico!”. Essa ideia de que se pode acreditar SEM
colocar em prática aquilo que se acredita é tão comum, que já se tornou uma
mentalidade em muitos ambientes.
Afinal, é possível crer sem praticar? A modalidade
“não-praticante” provavelmente foi criada com o sentido de tornar confortável
algo que deveria exigir muito de nós. Hoje não poucos gostariam de ver a Igreja
Católica menos insistente em seus dogmas e menos exigente em suas leis morais.
O ser define-se pelo agir. O termo “Católico não-praticante”
é tão INCOERENTE quanto “Vegetariano não-praticante”, “Atleta não-praticante”,
e até mesmo “Celibatário não-praticante.
Se não pratica a religião, é porque não faz parte dela!
Foi relatado que nove dos onze Ministros do STF se dizem
Católicos. Porém, percebeu-se o grau de “catolicismo” deles quando votaram, por
exemplo, a favor das pesquisas com células-tronco embrionárias.
Para Igreja Católica, o importante é o cumprimento de sua
missão recebida de Nosso Senhor Jesus Cristo, independente dos aplausos ou das
críticas que receber. Não é a vontade da maioria ou mesmo de alguns de seus
fiéis que vai determinar o conteúdo de seus ensinamentos, mas a Sagrada
Escritura e a Tradição. “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará” (Jo
8, 32).
Quem mudou foi o povo, cujos critérios de aprovação ou
rejeição estão sujeitos, muitas vezes, a ação de demagogos ou falsos profetas.
“Virá tempo em que muitos não suportarão a sã doutrina, mas
multiplicarão para si mestres conforme os seus desejos, (levados) pelo prurido
de ouvir. E afastarão os ouvidos da verdade, e os aplicarão às fábulas” (2Tm 4,
3-4).
Antes de simplesmente ignorar, julgar, ou pior, desprezar as
leis morais e a Doutrina católicas, é mais prudente procurar conhecer como os
santos e doutores da Igreja as ensinaram, penetrar seu significado e ver como
praticá-las autenticamente, sem se aderir às tentativas de falsos ecumenismos ou
adaptações aos costumes mundanos.
A verdade é que a Igreja Católica não perde autênticos
fiéis, mas sim membros frouxos ou apenas interesseiros. Quem é fiel autêntico
permanece na tradição! Os mornos, Deus vomita-os, como diz o Apocalipse.
Fazer parte da religião católica é trabalhar para
santificação pessoal e lutar pela restauração da civilização cristã. Significa
cumprir as promessas do Batismo: crer em Nosso Senhor Jesus Cristo e professar
a sua doutrina, interpretada e transmitida pela Santa Igreja; renunciar ao
demônio, às suas pompas e às suas obras.
Fazem parte das pompas e obras do demônio, por exemplo, a
imoralidade, a adoção de modas imorais, o concubinato etc. As pessoas que
cometem esses tipos de pecado adotam as obras do demônio e tornam-se filhas
dele!
Agora, é impossível amar e ser fiel àquilo que não se
conhece. Por isso é indispensável – sobretudo numa época em que se procura
lançar confusão até no lugar sagrado – procurar inteirar-se da autêntica
doutrina católica e das práticas sãs de suas cerimônias, para não deixar se
envolver em inovações absurdas.
Mas, jamais abandonar o redil verdadeiro. E isto só se
consegue mediante uma sincera devoção à Santíssima Virgem, aquela legitimamente
chamada Virgo Prudentíssima e Virgo Fidelis (Virgem prudentíssima e Virgem
Fiel)
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Botar fé na juventude
Faça uma sondagem depois. A grande maioria vai por dois caminhos distintos. Uma juventude ideal e uma juventude problemática. É praticamente líquido e certo. Não tem escapatória. A juventude ideal é aquela batalhadora, revolucionária, com coragem de mudar, fazer e acontecer, com entusiasmo, encantamento e ideais. E a juventude problemática? É a consumista, hedonista, violenta, violentada, acomodada, indiferente, apolítica.
Que coisa mais contraditória, não? Não é da mesma juventude que estamos falando? Claro que quando falamos “juventude” estamos nos referindo a um coletivo de jovens. É óbvio, porém, que não dá para juntar num mesmo saco chamado “juventude” todas as experiências e manifestações dos jovens. Portanto, há de se considerar que não existe um só coletivo que contemple todas as realidades hoje em dia (se é que em algum dia houve).
Mas não é este o ponto. Estamos falando sobre o olhar de quem está à frente de nossos grupos. O olhar que estes coordenadores e assessores têm a respeito dos jovens. Por que é um olhar no mundo das ideias ou um olhar pessimista diante da mesma realidade? Como pode um povo que tem como missão trabalhar junto destas pessoas, terem olhares tão distintos a respeito deles?
Engana-se quem não crê que estas perspectivas furadas estejam ligadas ao exercício da fé. Sim, estão profundamente ligadas, tanto para aqueles coordenadores que tem uma visão idealista da juventude como para aqueles assessores que carregam o peso da visão pessimista deles (ou vice-versa).
Mas não se deixem enganar por uma segunda vez. Há quem use da fé para justificar estes dois olhares para a juventude. E eu digo que usam de maneira errada. Muitos amigos e irmãos em nossas comunidades têm estas vendas sobre os olhos ou enxergam a realidade sobre outros óculos que não os da fé em Jesus e no Reino de Deus.
Sim, devemos ter um olhar otimista perante as dificuldades da realidade, mas não de um otimismo besta, que não entende as conjunturas. Claro que o jovem tem potencial para ser batalhador, entusiasta, encantado e encantador, cheio de possibilidades e oportunidades. Mas por que esta realidade não é plena para todos? É por conta da fé em Jesus e no Reino que podemos dar um passo além nesta imagem maquiada de juventude ideal.
A maioria dos jovens é massa sobrante no modelo de sociedade em que vivemos e como tal é perfeitamente descartável. Entre aqueles que lutam para não ser descartados, boa parte entra no jogo do sistema: é moldado, lapidado, cortado e encaixado para virar mais uma engrenagem nesta máquina toda. E devem se sentir gratos por estarem lá e não terem sido descartados no lixo da história.
É pelo olhar da fé em Jesus e no Reino que podemos perceber esta realidade não com desânimo, mas como possibilidade de mudanças. Nossa fé não nos acomoda a termos uma visão bonitinha da realidade, mas também não nos leva ao desespero diante da cultura de morte que impera nas relações sociais. Nossa fé é transformadora.
Mas somos poucos. E esta realidade é tão ampla, complexa e cruel. Ela mata os profetas que a denunciam e persegue aqueles que tentam modifica-la. Diante do instinto de preservação da vida, muitos se calam. Mas como podem se calar aqueles que se dizem cristãos e que receberam o mandato de Jesus de anunciar a Boa Notícia a todos os povos? E a Boa Notícia é que Deus quer a vida e não a morte. Vida plena.
Então é preciso que sejamos estratégicos, como nos pediu Jesus. Sim, somos poucos. Mas são estes poucos que vão articulando pequenos grupos pelo país. São estes poucos que capacitam suas lideranças num processo de formação integral. São estes poucos que botam fé na juventude e acompanham pessoalmente as novas coordenações e os jovens líderes. São estes poucos que se empenham em formar redes de partilha e troca de experiências para que ninguém se sinta só nas lidas diárias. São estes poucos que articulam uma campanha nacional contra a violência e o extermínio de jovens. São estes poucos que, seguindo o exemplo de Jesus, contam com a juventude para ser protagonista neste anúncio, testemunho e serviço para vivermos a Boa Nova. São estes poucos que com a fé do tamanho de um grão de mostarda são capazes de se assumirem como fermento e de botarem a massa toda para crescer.
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